Yamaha YZF-R1: na garupa da emoção
Com 200 cv e visual inspirado, nova geração da Yamaha YZF-R1 flerta com moto de competição e conjuga design de corrida, potência e muita tecnologia.
Yamaha YZF-R1
“É o mais próximo possível que se pode chegar da M1”. Essa foi a definição para a nova geração da YZF-R1 dada por Valentino Rossi, hepta-campeão de motovelocidade e piloto oficial da Yamaha na MotoGP.
O italiano participou ativamente do desenvolvimento do modelo. Já a M1 é o protótipo que o piloto da marca japonesa usa na categoria.
A relação entre os dois modelos ficou mais próxima durante o Salão de Milão, na Itália, onde a fabricante nipônica mostrou a segunda geração da superesportiva de rua.
A superesportiva agora conjuga design de corrida, potência de 200 cv e muita tecnologia.
Além do desempenho de moto de competição, a Yamaha deu à nova R1 uma estética esportiva e, ao mesmo tempo, futurista.
Inspirada nas linhas da M1, a R1 traz cortes nas carenagens laterais e traseiras. O conjunto ótico também foi totalmente remodelado.
Agora os faróis em formato de diamante ficam “escondidos” dentro da entrada de ar frontal e há filetes de luzes diurnas de leds logo acima.
Já a rabeta ficou mais fina e as duas carenagens vazadas se encontram em um ponto mais alto, onde começa a lanterna vertical também em leds.
Visivelmente, o modelo está mais curto e estreito. E na prática também. O comprimento caiu para 2,05 metros – 2 cm a menos.
A largura foi reduzida em 2,5 cm – para 0,69 m.
O que já era bom ficou ainda melhor na versão 2015 da Yamaha R1. O tradicional motor quatro cilindros em linha de 998 cc recebeu “upgrades” e agora passa a entregar 200 cv de potência a 13.500 rpm – 18 cv a mais.
O torque ficou em 11,5 kgfm a 11.500 giros. Com 199 kg em ordem de marcha – 179 kg de peso seco –, a nova R1 tem relação peso/ potência absurda: menos de 1kg/cv. Já o virabrequim do tipo crossplane continua.
Ele faz os pistões se movimentarem sequencialmente. Desta forma, enquanto o pistão de uma das extremidades está no ponto morto superior, seu oposto encontra-se em ponto morto inferior.
Ao mesmo tempo, os dois centrais estão no meio do caminho, um com movimento de subida e o outro de decida.
Para domar todo este manancial de força, a R1 conta com a tecnologia. Os freios ABS agora adotam distribuição eletrônica da frenagem, há quatro mapeamentos para o propulsor, controle de tração com 9 níveis, sistema antiempinamento com três modos, controle de largada e o quickshift, que permite o piloto subir as marchas sem o uso da embreagem.
A suspensão dianteira – garfo telescópico invetido – e a traseira – monoamortecida – têm cursos de 120 mm.
Na Europa, a YZF-R1 parte de 18.490 euros – cerca de R$ 63 mil.
A nova geração ainda não tem data para desembarcar no Brasil. A antiga, por sua vez, está à venda por R$ 65.500.
Potência com controle
É claro que a nova Yamaha R1 é bastante diferente da versão 2014. Mas o motor quatro cilindros de 998 cc com virabrequim crossplane permanece o mesmo adotado pela marca japonesa em 2004 na MotoGP.
A categoria rainha do motociclismo também ajuda no design do modelo, voltado para uma maior performance.
Os 199 kg se mostram compactos e torna o peso semelhante ao do modelo menor, a R6.
Há quatro mapeamentos a serviço do piloto. Porém, o trabalho dos engenheiros japoneses é realmente percebido ao girar a chave.
O painel de instrumentos acende e mostra diversas informações da motocicleta.
Os controles permitem ajustar tantos itens que a Yamaha criou um website dedica- do, onde é possível “brincar” com diversas configurações.
A central eletrônica remapeada e a unidade de medição inercial trabalham juntas para impedir que a moto empine e também perca aderência.
O controle de tração com 9 ajustes também ajuda nesse sentido.
A R1 é uma motocicleta cheia de personalidade, com desempenho para profissionais, mas que pode ser guiada por amadores.
O chassi é um passo à frente também.
Além das rodas, o quadro é feito de magnésio e o entre-eixos foi encurtado em 1,4 cm para dar maior maneabilidade.
A frenagem é outro ponto positivo. Para parar os 200 cv, a Yamaha instalou discos duplos de 320 mm na dianteira e simples de 220 mm na traseira.
Com a nova R1, quem vai em cima pode abusar e para “piorar” as coisas, ela executa um bom trabalho nas ruas sem tornar a condução “desesperada”.
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