Será que o Brasil pode se tornar o país dos carros elétricos?
Descubra no Chaves na Mão a chegada dos carros elétricos no Brasil e como está funcionando seu crescimento no país.
Descubra o futuro dos veículos elétricos no país.
Governos de todo o mundo estão considerando os carros elétricos como um recurso importante para descarbonizar os setores de energia e transporte.
E também como uma arma para aliviar as mudanças climáticas, pois pela análise do seu ciclo de vida, o carro elétrico é mais ecológico.
Um carro movido a etanol no Brasil emite quase quatro vezes mais CO2 do que um veículo elétrico compatível, como a futurística Kombi Budd-e da Volkswagen.
Afinal, existe um futuro para os carros elétricos no Brasil?
Dados da Agência Internacional de Energia
De acordo com um estudo feito em 2020 pela da Agência Internacional de Energia, 30% das vendas globais de veículos de passageiros em 2030 virão de veículos elétricos.
Isso pode significar cerca de 44 milhões de carros elétricos nas estradas.
Entre os elétricos, incluem-se os tipos de veículos movidos a bateria, os híbridos plug-in e as células de combustível.
Tendo em vista que desde 2011 as vendas de elétricos quase dobram a cada ano em algumas regiões da América do Norte, Ásia e Europa, apesar de no Brasil a situação ser diferente.
Atualmente, as políticas brasileiras não promovem a difusão da mobilidade elétrica. O país ainda prioriza o etanol para conter as emissões de CO2 do setor de transporte.
Em 2019, por exemplo, mais de 92% dos carros brasileiros vendidos eram bicombustíveis – ou seja, automóveis que funcionavam com etanol e gasolina ao mesmo tempo.
Dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores
Outro estudo interessante a ser analisado referente ao setor de veículos elétricos foi realizado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, a Anfavea.
De acordo com esse estudo, o etanol representa cerca de 50% do consumo de combustível do transporte rodoviário no Brasil.
No entanto, o etanol pode não ser a melhor solução para diminuir as mudanças climáticas.
Isso porque o etanol pode causar danos ao meio ambiente com desmatamento, poluição da água e do ar.
Os dados também revelam que os carros elétricos à venda no Brasil podem fazer toda a diferença na criação de um futuro mais sustentável para todos.
Analisando todo o contexto, a mobilidade elétrica pode ser mesmo a melhor escolha para o futuro.
Entraves relacionados ao crescimento dos carros elétricos no Brasil
O consumo de energia e as emissões de CO2 do transporte provaram ser um grande desafio para os governos em todo o mundo.
Globalmente, de 2008 a 2017, houve um aumento de quase 40% no consumo de energia do setor de transportes, com o transporte rodoviário representando mais de 90%.
As emissões de CO2 dos transportes em geral também são um problema no Brasil.
Ainda mais se considerarmos que o Brasil está entre os dez maiores produtores de veículos do mundo.
Para descarbonizar o setor de transportes, o Brasil adotou algumas iniciativas.
Entre elas estão o Programa para a indústria automobilística brasileira ROTA 2030 e os programas de controle de emissões veiculares (Proconve) do Ministério do Meio Ambiente.
No entanto, ainda hoje uma das barreiras que o Brasil enfrenta ao tentar fazer a transição para veículos mais limpos é a falta de incentivos para novas tecnologias.
Aliás, quando procuramos saber quanto custa um carro elétrico no país, nem sempre a resposta é positiva, podendo esses muitas vezes ultrapassarem o valor dos mais convencionais.
Um exemplo é se compararmos Golf elétrico x Tesla Model 3.
Abrindo o caminho para os veículos elétricos no Brasil
Os meios de transporte são os emissores de gases de efeito estufa de crescimento mais rápido de qualquer setor em todo o mundo.
Além disso, no Brasil, os meios de transportes em geral continuam sendo os maiores emissor desses gases, contribuindo com mais emissões do que os setores industrial e residencial juntos.
Os veículos elétricos – principalmente porque mais de 80% da eletricidade do Brasil é renovável – podem oferecer uma maneira viável de diminuir as emissões de CO2 no país.
Contudo, mais importante que isso, o carro elétrico no Brasil aumentará a saúde pública nas cidades.
A redução local de poluentes do ar também é particularmente importante, pois as emissões do tubo de escape são reduzidas a zero para veículos elétricos.
Propostas legislativas estão prontas para fazer mudanças significativas no mercado brasileiro de veículos elétricos.
E, conforme vão sendo aprovadas, influenciam indivíduos que desejam comprar veículos novos a investir em automóveis mais sustentáveis.
Na Europa, por exemplo, algumas cidades como Gotemburgo, na Suécia, estão implantando com sucesso frotas de ônibus elétricos para diminuir as emissões e os poluentes locais.
Com a ascensão dos Ônibus de trânsito rápido (BRT) no Brasil, os ônibus elétricos podem ser um grande caminho para o país melhorar as frotas de ônibus desatualizadas e reduzir as emissões de gases nocivos.
De fato, a transição para veículos mais sustentáveis no Brasil não será um processo fácil.
No entanto, iniciativas legislativas e governamentais incentivam mais pesquisas sobre tecnologia limpa e encorajam os indivíduos a investir em veículos mais limpos.
E, no futuro, o Brasil pode se beneficiar muito aumentando o uso da tecnologia elétrica em suas frotas de transporte público.
Economia no abastecimento dos carros elétricos
Apesar de custarem mais que os carros a combustão, o carro elétrico pode oferecer uma economia de até 84% nos gastos com combustível.
Tendo como exemplo, para carregar completamente o carro Nissan Leaf modelo 2021, em um Eletroposto na cidade de São Paulo no ano de 2022, são necessários pouco mais do que R$75,00.
Já para encher o tanque de gasolina de um Nissan Versa modelo 2021, na mesma cidade e no mesmo ano, o custo será em média R$240,00.
A economia em média no abastecimento é cerca de R$165,00, com uma possível alteração conforme a mudança dos preços da gasolina e da energia elétrica.
Uma alternativa para quem não sabe em qual modelo investir são os carros híbridos, que já são vendidos no Brasil.