Cientistas descobrem estrutura de concreto eterno
Uma equipe de cientistas, conseguiu determinar a composição do concreto romano de construções que duram por mais de 2000 anos.
Estrutura de concreto eterno
Uma equipe de cientistas, liderada pelo brasileiro Paulo Monteiro, engenheiro civil graduado na Universidade de São Paulo e Ph.D. em U.C. Berkeley (EUA), conseguiu determinar a composição do concreto romano de construções que duram por mais de 2000 anos.
O concreto é extremamente importante para a construção civil dos dias atuais.
Há mais de 200 anos usamos o cimento Portland (um ingrediente do concreto), como base da arquitetura moderna, mas ele simplesmente não se compara ao material dos antigos romanos, principalmente quando o assunto é resistência.
Portos marítimos construídos por esse concreto ainda estão de pé há milhares de anos.
Nessas circunstâncias, por conta da água salgada, não duraria 50 anos com o concreto usado nos dias de hoje.
Após 2 anos de pesquisa em laboratórios nos EUA e Europa, cientistas descobriram a mistura específica de cal e rocha vulcânica para criar o concreto romano mais robusto. Os detalhes foram publicados nos periódicos Journal of the American Ceramic Society e American Mineralogist.
De acordo com os pesquisadores “os romanos faziam concreto ao misturar cal e rocha vulcânica.
Para estruturas subaquáticas, cal e cinzas vulcânicas eram misturadas para formar argamassa, e esta argamassa com tufo vulcânico [tipo de rocha] era moldada em forma de madeira.
A água do mar provocava imediatamente uma reação química quente. A cal era hidratada – incorporando moléculas de água na sua estrutura – e reagia com as cinzas para cimentar toda a mistura”.
O mais interessante é: este concreto é pouco poluente. Enquanto o cimento Portland representa cerca de 7% de CO2 liberados pelas industrias, o concreto romano seria insignificante.
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