Aluguel social em Curitiba, pode fazer prédios abandonados voltarem à vida
A solução já está sendo analisada, há mais de dois anos e prevê recursos para o pagamento do aluguel de residências para famílias em situação de risco.
Aluguel social em Curitiba
Você já se perguntou por que os imóveis abandonados em Curitiba não são utilizados para abrigar famílias que estão nas ruas, em condições de risco?
Pois saiba que muitos também já se questionaram sobre isso, e a realidade atual da cidade confirma que esse projeto tem tudo para dar certo, já que hoje 46.895 unidades domiciliares estão vazias em Curitiba, correspondendo ao déficit habitacional de 49.164 famílias sem casa na capital.
São imóveis vazios e sem destino, os quais podem ser devolvidos para a cidade e, após recuperados, tornarem-se parte da política habitacional de Curitiba.
Essa solução já está sendo analisada, há mais de dois anos. A proposta, elaborada pelo Movimento Popular por Moradia e encabeçada na Câmara pelo vereador Jorge Bernardi, prevê a destinação de recursos ao pagamento de aluguel em Curitiba novas residências para famílias que se encontram em situação de risco residencial, enquanto aguardam sua inclusão em programas habitacionais.
A definição de valores e demais critérios, porém, depende da regulamentação da lei, apenas depois de aprovada, o que ainda não tem data para acontecer.
Desde que foi encaminhada pra Câmara, em fevereiro de 2013, o projeto já recebeu três substitutivos e, na avaliação de Chrysantho Figueiredo, da coordenação do Movimento Popular por Moradia, a demora na tramitação prejudica a vida de quem precisa do benefício, gerando prejuízo já que, enquanto o tempo, os aluguéis apenas sobem e a situação das famílias se agravam.
A proposta de aluguel social não é nenhum absurdo, e somente amplia o que já é determinado pelo decreto municipal 1.221/2011, que concede auxílio moradia no valor de R$ 350 a famílias com renda de até seis salários mínimos e em situação de vulnerabilidade temporária.
“O auxílio moradia é uma situação bem específica e outra coisa que limita bastante é que o auxílio sai dos cofres da Cohab, que está com dificuldades financeiras. Pela proposta que está na Câmara, os valores sairiam dos cofres do município e estariam previstos no orçamento”, explica o diretor-presidente da Cohab, Ubiraci Rodrigues, segundo o Portal Paraná Online.
No mês passado, 99 famílias receberam o auxílio, concedido até a mudança pra um empreendimento habitacional.
Ainda de acordo com Ubiraci Rodrigues, a estratégia de uso dos imóveis abandonados de Curitiba como alternativa habitacional depende, inicialmente, de um financiamento do governo federal e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para ocupação. “Estamos estudando uma proposta pra iniciar um projeto piloto em Curitiba. A ideia é comprar um edifício que está abandonado, reformar com os recursos a fundo perdido do BID e investir no aluguel social. O recurso deste aluguel iria pra um fundo destinado à compra de outros edifícios e construção de novos empreendimentos nesse modelo. Assim tiramos o ônus do cofre do município”, explica. A definição do orçamento deve acontecer agora, no segundo semestre de 2015.
Estamos na torcida para que essa seja uma realidade futura. ;)
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