Como fazer um planejamento financeiro para alugar um imóvel?
Para facilitar nesse processo, desenvolvemos este guia com cinco etapas que irão ajudá-lo no planejamento financeiro para alugar um imóvel. Confira!
O cotidiano da vida adulta traz uma realidade constante: o pagamento de contas. E uma das despesas recorrentes é o aluguel. Segundo levantamento feito pelo IBGE em 2011, mais de 31 milhões de brasileiros moram em imóveis alugados.
De fato, o aluguel é um meio viável de estabelecer moradia sem ter uma propriedade. Porém, para alugar um imóvel sem ter dor de cabeça é indispensável um bom planejamento.
Ter ciência de todos os custos e manter um balanço de tudo que entra e sai são atitudes vitais para manter a saúde financeira da sua família. Pensando nisso, desenvolvemos este guia com cinco etapas para ajudá-lo nesse objetivo. Confira!
1. Definindo um objetivo viável
Este primeiro passo pode soar bastante simplista, mas é fundamental. Você precisará ter em mente o valor da sua renda pessoal ou familiar, para encontrar um imóvel que ocupe, no máximo, 30% desse valor.
Mas não se engane ao pensar que esse montante corresponde apenas ao valor do aluguel pago à imobiliária. Gastos de moradia contemplam também o valor do condomínio — caso haja um — e IPTU.
Digamos, então, que uma família hipotética tenha uma renda líquida total de R$ 10 mil mensais. Nesse caso, eles podem comprometer, no máximo, R$ 3 mil com os custos totais de moradia.
Considere ainda que planejamentos mais conservadores também incluem na fatia dos 30% as despesas de eletricidade, água e gás, evitando, assim, surpresas desagradáveis com o orçamento sendo extrapolado. A dica aqui é:
2. Pesquisando o imóvel ideal
Sim, você precisa respeitar um orçamento, mas isso não significa ser extremamente frugal — a menos que essa seja a sua intenção. Do contrário, você há de procurar pelo melhor que possa pagar.
Afinal, a casa é o seu recanto de descanso, o local em que você (salvo raros casos) mais passa o tempo.
A qualidade de vida tende a ser relativa, mas, como exemplo, nas grandes metrópoles conforto é morar próximo ao seu local de estudo, trabalho ou lazer.
Em outras palavras, o conforto está em evitar passar mais de duas horas do seu dia no trânsito, a caminho de algo.
Por isso, durante a procura tenha em mente o seu teto de gastos e considere estes quesitos:
O único critério que não pode ser alterado nessa hierarquia de importância é o valor sob o teto. Além disso, não se deixar levar pela emoção é uma das coisas mais essenciais para ter equilíbrio financeiro.
O restante dos quesitos podem ser alterados da forma que melhor se adequar a você e à sua família.
3. Informando-se das despesas iniciais do contrato
Isso pouco varia de imobiliária para imobiliária, e costuma ser mais flexível nos contratos com particulares. O ponto é: você precisa estar a par de todos os custos iniciais de um contrato de locação. Conheça adiantes alguns exemplos desses custos.
Reparos
Se o imóvel apresentar algo que não atenda às suas necessidades, pode ser preciso fazer alguns ajustes. Por isso, lembre-se: antes de fazer qualquer reparo ou melhoria em um imóvel alugado, consulte o proprietário ou a imobiliária.
Verifique também se os reparos são reembolsáveis de imediato ou na saída do imóvel.
Seguro-fiança
Caso você não disponha de um fiador, pode ser necessária a contratação do seguro. Trata-se de uma apólice que servirá para pagar aluguéis atrasados em caso de inadimplência e/ou situação de despejo.
Se tudo correr bem durante a validez do contrato, ao final você terá o valor devolvido integralmente, somado aos juros da rentabilidade da aplicação.
4. Planejando as despesas
Aqui, é hora do bom e velho Excel. Isso mesmo! Ponha tudo na ponta do lápis ou da planilha.
Considere todas as despesas recorrentes — fixas e variáveis — para conseguir enxergar lá na frente. Elabore uma planilha ou quadro com todos os gastos previstos ao longo do ano, separados pelos meses.
Nas despesas fixas, considere água (valor arrendondado para cima do estimado), gás, aluguel e condomínio.
Também pode considerar as parcelas do IPTU, caso as pague mensalmente, ou apontá-las na tabela como um gasto anual, já que o pagamento integral desse imposto garante desconto ao contribuinte.
Já quanto às variáveis, um exemplo é a eletricidade, que tem picos no verão pela utilização de ventiladores e ares-condicionados.
5. Entendendo as variações de valores após alugar um imóvel
Depois desse planejamento, é importante ressaltar: alguns valores mudam. Ainda assim, fique tranquilo: não são mudanças exorbitantes ou desesperadoras.
Reajuste anual do valor do aluguel
Anualmente, é regulamentada pela Lei do Inquilinato a validez do aumento tabelado no valor do aluguel.
O reajuste, na maioria das vezes, leva em consideração o IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) que tabela a porcentagem permitida para o reajuste. Isso tem a intenção de proteger os proprietários da flutuação gerada pela inflação e outros indicadores da economia do país.
Cobranças extraordinárias do condomínio
Essas cobranças exigem atenção. Elas ocorrem sempre que a banca condominial determina o arrecadamento de verba para alguma melhoria ou conserto referente ao complexo.
Os locatários, assim como todos os condôminos, têm de pagar por essa taxa extra. Entretanto, por não serem os proprietários do imóvel, têm o direito de exigir a reversão do valor como desconto no próximo aluguel.
Por isso, é importante sempre estar de olho aos boletos do condomínio e, notando presença de qualquer valor de rateio, entrar em contato com a imobiliária ou proprietário e solicitar restituição.
Enfim, podemos ver que alugar um imóvel sem dor de cabeça exige atenção e disciplina. Mas, tenha certeza: seguindo este guia, você nunca se encontrará encurralado e pondo em risco a sua moradia.
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